Uma vida regrada e a saúde emocional


Tem gente que gosta tanto de regras, que diz assim "-A vida é feita de regras, para tudo tem uma regra". Que absurdo! As regras são criações humanas que estão em constante transformação, o que implica sempre em abertura e mudança.

Quem gosta de seguir regras são os fracos, aqueles que não conseguem criar, que preferem ser teleguiados, pois não são corajosos o suficiente para ousar e mudar, com regras eles se sentem seguros.

Assim como no campo da mística, há pessoas que se interessam por ser músicos, e se dedicam a treinar a execução das músicas, ficam horas e horas repetindo até desenvolverem a técnica e se tornarem virtuosos, há outras que optam por serem compositores, ou seja, aqueles que criam as músicas que serão reproduzidas por tantos outros.

Há também aqueles que preferem ser maestros, pois gostam de reger os músicos, regrar e ordenar sua prática em conjunto, e se dedicam a técnicas de regência e métodos de conduzir grupos de pessoas para um objetivo em comum.

Na vida cotidiana também nos deparamos com esses tipos, há aqueles que se preocupam apenas em reproduzir o que já está posto, e se esforçam para reproduzir corretamente, há aqueles que preferem conduzir os que optam por reproduzir a vida tecnicamente, e aqueles que preferem criar, e a estes não lhes interessa conduzir ninguém.

Quanto mais regras uma pessoa estabelece para si mesma e para outras pessoas, mais ela sente a vida como um peso e um fardo a ser carregado, mais ela se decepciona em seus relacionamentos, e mais ela sofre emocionalmente. A vida não é estática e fixa, mas algo que flui e se transforma.

Com mais regras, menos eficientemente uma pessoa passa a viver, e cada vez mais de modo mecanizado.

"Aquele que quebra suas tábuas de valores, o quebrador, o infrator: - mas este é o criador."
(Friedrich Nietzsche, em 'Assim Falou Zaratustra)

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