A leitura de textos filosóficos não é algo fácil ou simples, principalmente para quem não tem contato com a filosofia.
Essa atividade requer algumas precondições específicas, como uma contextualização histórica da obra, algum conhecimento sobre a vida e influências filosóficas do autor, e uma noção sobre pensadores e perspectivas que o autor dialoga.
Por isso, não se trata de apenas pegar um livro e ler, pois as obras de filosofia demandam uma certa noção de filosofia e das diferentes vertentes em filosofia, para que seja possível um entendimento do texto. Esses textos demandam também uma leitura reflexiva, interpretativa e crítica.
De modo geral, os textos de filosofia não são direcionados a um público qualquer, mas a filósofos, tendo uma característica argumentativa e crítica, onde o filósofo expressa sua visão de mundo sobre temas diversos, ou contrapõe uma perspectiva específica.
O objetivo dos textos filosóficos não é transmitir informações, mas provocar e possibilitar reflexões acerca do tema apresentado a partir da perspectiva proposta, suscitando uma experiência de pensamento, de se debruçar reflexivamente sobre algo.
Entender os textos filosóficos apenas pelos elementos contidos no texto é insuficiente para a sua compreensão. É preciso analisar seu contexto, ter um breve conhecimento do autor e dos pensamentos com os quais ele se relaciona ou confronta.
A leitura dos textos filosóficos é fundamental para aquele que se interessa por pensar filosoficamente e desenvolver um entendimento crítico, não apenas para conhecer e repetir. O texto permite um confronto com o argumento proposto pelo autor.
A mediação de um professor, de uma pessoa que já tenha um contato prévio com os textos, ou a leitura de especialistas sobre o tema, pode nos auxiliar no contato que estabelecemos com esses textos, possibilitando um melhor entendimento.
