Com a popularização das redes sociais, um fenômeno tem ocorrido cada vez mais intensamente, a "crítica vazia", que, na maior parte das vezes, é feita sem conhecimento sobre o que se está criticando, carregada de um sentimento de ódio ou repulsa sobre algo que se desconhece.
As redes sociais possibilitaram o "encontro virtual" entre diferentes pessoas, que é bem diferente do encontro pessoal. No virtual as pessoas não estão "cara a cara", não realizam um diálogo direto, mas intermediado por seu celular, tablet ou notebook, inclusive muitas delas nem se conhecem.
Essa nova maneira de se comunicar e de se "encontrar" possibilitou novos modos de ser e de se relacionar. Parece que, por não estarem frente a frente, algumas pessoas não se sintam tão "compromissadas" com o que escrevem ou comentam, como houvesse uma permissividade para falar o que quiser do modo como quiser, se responsabilizar por isso.
Qualquer coisa pode ser dita nas redes sociais, pois não há quase que censura (apenas quando há uso de palavrões ou imagens obscenas), o que nos possibilita uma abertura muito interessante, porém acaba sendo usado, na maior parte das vezes, por discursos de ódio e futilidades.
Cada vez mais pessoas escrevem e comentam sobre temas que pouco conhecem, criticam outras pessoas sem se questionarem sobre o que estão criticando, e o fazem geralmente pelo simples ato de criticar, simplesmente porque "agora pode".
Autores e ideias são criticados e difamados por pessoas que mal conhecem suas obras. Pessoas que não leram nem estudaram Nietzsche criticam seus pensamentos, pessoas que não leram Marx criticam Marx, pessoas que não leram Freud criticam Freud, e assim por diante. E outras pessoas sem opinião se dedicam ao trabalho de compartilhar tudo isso.
O pior não é o fato de que a maior parte dos que criticam não conhecem sobre o que estão criticando, mas de que eles geralmente não estão interessados em saber sobre o que estão criticando, e nem interessados em dialogar sobre. Qualquer resposta é criticada, sem reflexão, é portanto uma crítica intolerante, que não tem abertura.
Nas redes sociais quase todos querem falar suas opiniões, mas poucos estão dispostos a ouvir, pensar ou refletir. Essa indisposição ao diálogo demonstra o caráter agressivo da maioria das críticas, que muitas vezes repetem discursos prontos, recheados de ódio contra aqueles que pensam diferente de si.
O maior intuito parece não ser tanto a crítica, no sentido de refletir criticamente sobre algo, mas apenas contrariar quem pensa ou vive diferente de si, como se fosse um oponente de uma batalha, e como se fosse proibido pensar diferente.
A maioria das pessoas não estão interessadas em refletir sobre o que pensam, mas somente em apontar em que aspecto o outro está "errado", partindo do seu conceito de "certo". Parece uma briga infantil sobre o "certo" e o "errado", e, creio eu, isso não parece estar fazendo bem para o modo como as pessoas se relacionam.
Nas redes sociais quase todos querem falar suas opiniões, mas poucos estão dispostos a ouvir, pensar ou refletir. Essa indisposição ao diálogo demonstra o caráter agressivo da maioria das críticas, que muitas vezes repetem discursos prontos, recheados de ódio contra aqueles que pensam diferente de si.
O maior intuito parece não ser tanto a crítica, no sentido de refletir criticamente sobre algo, mas apenas contrariar quem pensa ou vive diferente de si, como se fosse um oponente de uma batalha, e como se fosse proibido pensar diferente.
A maioria das pessoas não estão interessadas em refletir sobre o que pensam, mas somente em apontar em que aspecto o outro está "errado", partindo do seu conceito de "certo". Parece uma briga infantil sobre o "certo" e o "errado", e, creio eu, isso não parece estar fazendo bem para o modo como as pessoas se relacionam.
Uma relação saudável é aquela onde as pessoas se respeitam, entendem que cada um possui concepções e valores diferentes dos seus. Compreendem que o certo para uma pessoa pode ser errado para outra, e aceitam as pessoas como elas são, ao invés de tentar moldá-las ao modo como desejam que elas sejam.
Aceitar a outra pessoa, seu modo de ser e de viver sua vida não significa concordar com ela, mas entender que existem diferentes modos de ser e diferentes maneiras de entender e se relacionar com o mundo, e que cada um de nós é livre para ser como desejar, desde que não desrespeite os outros.
Cada pessoa é livre para viver a vida de sua maneira, não estamos no mundo para nos ajustar aos modos de ser das outras pessoas, somos livres para escolher e inventar a nossa vida, de nossa maneira.
Aos que estão acostumados a criticar os outros com frequência, fica a sugestão: procure saber mais sobre o que está criticando, estude, pesquise e contextualize, pois crítica sem conteúdo não tem consistência. Além disso, antes de criticar, reflita consigo mesmo, qual seu intuito em criticar o outro, ele está te fazendo algum mal por não ser como você é?
"Sinto-me mais feliz simplesmente por ser eu mesmo e deixar os outros serem eles mesmos"
(Carl Rogers)