A terapia filosófica não é um produto acabado a ser vendido como uma "cura" ou um procedimento científico, mas uma filosofia e uma arte, um processo, um fluxo de disposições e atividades que acontecem no devir, que possibilitam que algo diferente aconteça, algo que ainda não percebemos.
Neste sentido, a terapia não é um cardápio de serviços que se oferece a um cliente. Terapia é diálogo, escuta, processo, um convite para se perceber e pensar outras maneiras de lidar com a vida, repensando caminhos e possibilidades.
Ao falar, percebemos a nós mesmos, tomamos contato com nossos a fetos, repensamos escolhas e caminhos de vida, buscando outras maneiras de ser e nos relacionar com as pessoas e os espaços, seguindo para maneiras mais salutares e interessantes de viver.
Nesta terapêutica, o terapeuta não tem o papel de dizer ou direcionar a pessoa a algum lugar, mas se coloca a escutar a pessoa sem julgamentos, possibilitando que algo aconteça no encontro terapêutico. Trata-se de uma possibilidade de experimentar a si mesmo, se compor e decompor, lidar com suas questões e fazer algo distinto delas.